Jorge Antunes e
CHAPA 74 – A UNB QUE NÓS QUEREMOS
A Biblioteca Central da Universidade de Brasília (BCE) traz em seu nome adjetivo extremamente revelador: central. Desde seus primórdios a UnB adota e consagra o conceito de biblioteca universitária com centralização total, estrutura organizacional que precisa ser mantida. Pequenas bibliotecas dispersas em várias unidades da Universidade seria sistema que, além de ser oneroso, implicaria em duplicações desnecessárias de acervo e de processos técnico-administrativos.
Como órgão central do câmpus Darcy Ribeiro, a BCE precisa pulsar como uma espécie de coração deste organismo complexo e rico que é a UnB. Mas, infelizmente, a bradicardia tem prevalecido no sistema. A Biblioteca precisa urgentemente contar com uma dotação orçamentária de vulto, para que as diversas áreas do conhecimento possam ser contempladas com o enriquecimento e a atualização de seu acervo.
Esse coração da UnB pulsa de modo especial em vésperas de vestibular. Não só professores, estudantes e funcionários são atendidos naquele importante órgão hard-disc da universidade: de modo alvissareiro, que devemos festejar, também a comunidade externa acorre, ávida, ao templo do saber. É justamente nesses momentos que verificamos serem muito poucos os 16.000 metros quadrados que abrigam cerca de um milhão de volumes.
O prédio da BCE foi inaugurado em 1972, com capacidade para um milhão de volumes e dois mil usuários. Em outubro próximo seu edifício estará completando 36 anos de existência. Hoje a Biblioteca reúne um acervo de aproximadamente 1,3 milhões de exemplares. Ela está, assim, começando a ultrapassar o limite de sua capacidade. Essa questão precisa ser atacada com urgência, antes que a gravidade do problema se acentue rumo ao colapso e ao sucateamento. Um laboratório de ponta, com especialistas em restauração de livros, precisa ser também urgentemente instalado. Isso permitiria que obras raras pudessem ser mais facilmente disponibilizadas aos pesquisadores.
Um comentário:
Prezado Candidato,
Diante das situações específicas d@s estudantes negr@s na Universidade, relativas ao racismo nos departamentos, à falta de incentivo à iniciação científica da temática racial em diversas disciplinas e à permanência tanto dos bolsistas do Afroatitutde, quanto dos não-bolsistas. Gostaria de estabelecer um canal de diálogo para que as necessidades específicas dos estudantes negros e das estudantes negras na UnB sejam atendidas tanto no seu programa de gestão, quanto numa possível vitória nas eleições.
Atenciosamente,
Dalila Fernandes de Negreiros
Militante do EnegreSer
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