terça-feira, 23 de setembro de 2008

MANIFESTO DA CHAPA 74



A Chapa 74, “A UNB QUE NÓS QUEREMOS”, quer agradecer à comunidade universitária em geral, e a seus apoiadores em particular, o carinho, a atenção, o desprendimento e o idealismo que sempre estiveram aflorando no belo percurso e na luta do grande grupo que construiu esta candidatura e sua campanha.

Continuaremos lutando, de modo coeso, em favor de todas as idéias que defendemos na campanha, nos debates e em nossos documentos: contra o Reuni, contra a política privatista do governo Lula, pelo Congresso Estatuinte paritário, contra a mercantilização da Educação, pela expansão com qualidade da UnB, pelo descredenciamento das fundações privadas e contra a corrupção.

Os principais pontos de nosssa plataforma não estão contemplados nos programas das duas chapas que disputarão o segundo turno. Assim sendo, estaremos lutando para que nosso programa seja incluído na pauta de qualquer gestão na Reitoria da Universidade de Brasília, pois entendemos que é a partir de um fecundo processo participativo e mobilizador que faremos valer o projeto de universiade que nós queremos.

Assim, declaramos, de público, que não haverá apoio conjunto da Chapa 74 a qualquer das chapas que disputam o segundo turno. Nossos militantes, coletivos, apoiadores e eleitores têm completa autonomia para definirem suas participações neste segundo turno.

CHAPA 74
A UNB QUE NÓS QUEREMOS
Jorge Antunes
Maria Lúcia Leal

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

CARTA ABERTA


CARTA ABERTA
(aos estudantes, funcionários e professores da UnB)
Jorge Antunes
Maria Lúcia Leal

Nesta nossa última mensagem, a CHAPA 74 quer agradecer à comunidade universitária em geral, e a seus apoiadores em particular, o carinho, a atenção, o desprendimento e o idealismo que sempre estiveram aflorando no belo percurso do coletivo que construiu esta candidatura e sua campanha. Sabemos que muitos dos que lerão esta mensagem comparecerão hoje às urnas. Este histórico 18 de setembro de 2008 pode, portanto, ser o marco das reais mudanças com que todos sonhamos.

A formação e a militância dos dois membros de nossa CHAPA 74 foram forjadas nas áreas das ciências exatas, das humanidades, das artes, da ecologia e das ciências sociais. Ou seja, a criatividade, que sempre encontra soluções simples para problemas complexos, é a marca de nosso coletivo. Vejamos alguns exemplos dessa criatividade:

- A segurança e a iluminação do câmpus serão facilmente resolvidas com a instalação, em todos os estacionamentos e demais pontos críticos, de spots-light acionados a sensores de movimento, com radiação infra-vermelha. Essa solução tem baixo custo. O acendimento repentino das luzes afungenta eventuais amigos do alheio, evitando as violências da calada da noite. Além disso, o uso de temporizadores, nesse sistema, permite grande economia de energia.

- Soluções para a manutenção desburocratizada de nossas salas de aula, laboratórios e equipamentos, estão incluídas em nossa proposta da “Rotinização da manutenção e de pequenos serviços”: vans e caminhonetes, munidas de ferramentas, acessórios e materiais, e com profissionais especializados, percorrerão o câmpus, diariamente, trocando lâmpadas, trocando torneiras, registros hidráulicos, garantindo, sem burocracias e demoras, o conforto ambiental de que necessitamos.

- O desperdício será tratado com atenção pela Chapa 74, porque implementaremos, entre outras medidas, a irrigação e a aguagem por gotejamento, acabando com jatos, mangueiras e aspersores que dão lugar à vaporização de cerca de 50% da água consumida.

- O lixo terá tratamento adequado. Lixos hospitalares, bioquímicos, biológicos, de restos alimentares, radioativos, orgânicos, em todos os seus aspectos e especificidades, receberão a atenção devida como já divulgamos em nosso blog.

- Menos árvores serão abatidas quando, na reitoria, dermos início à campanha nacional para que teses e monografias passem a ser impressas frente e verso. Habitualmente uma tese de 400 páginas, por exemplo, tem sempre 400 folhas. Com a impressão frente e verso uma tese de 400 páginas pode ter apenas 200 folhas de papel.

Nossa permanente criatividade tem levado grupos adversários a tentar caracterizar nossa candidatura à reitoria como uma candidatura de utopias, de devaneios. É lamentável que o conservadorismo tenha pavor de figuras corajosas, vanguardistas e arrojadas, capazes de realizar as reais mudanças almejadas pela comunidade.

Nossa campanha esteve bastante politizada, voltada a denunciar os processos de precarização do ensino público superior. Denunciamos os danos que os últimos governos vêm causando, através de suas políticas educacionais perversas que privilegiam a iniciativa privada, em detrimento do ensino público e gratuito de qualidade.

Nossa marca na reitoria será a busca permanente da excelência do ensino, da pesquisa e da extensão, fortalecendo a FUB, expandindo com qualidade a UnB, rejeitando a lógica privatista, mobilizando a comunidade universitária, instalando o Congresso Estatuinte paritário, usando a criatividade e a força que emana da agregação, para a construção de uma nova Universidade de Brasília.

VOTE 74 !
A UNB QUE NÓS QUEREMOS

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Um depoimento pungente, libertário, emocionado...


Um estudante deixou um recado hoje, véspera da escolha para reitor, para o Prof. Jorge Antunes , declarando o seu voto na chapa 74. O texto, que não nos é permitido divulgar na íntegra sem a permissão do missivista, é de uma sinceridade pungente e muito crítico em relação à formatação que a chapa deu às suas propostas; não ao conteúdo que é o grande diferencial em relação às pataquadas das outras chapas. A lição preciosa do estudante, deve servir de base para que uma gestão da UnB seja sensível em ouvir e ponderar os talentos extraordinários que estão dentro da Instituição. Entre outras preciosidades da mensagem, pinçamos o seguinte:

"essa eleição pra reitor tá f.... Confesso que até agora eu tava perdido. O sr. é o único que propôs um projeto de universidade. Os outros têm projeto de gestão. Preciso dizer: vasculhei onde pude as propostas dos candidatos. Participei dos debates, tanto quanto pude. Esse voto tem me saído muito caro! Até entrar no seu blog achava que o sr. não tinha projeto de gestão. Quando vi que tinha fiquei com raiva. O sr. tem as melhores propostas, melhores idéias, e chega mais perto do que acredito. Agora, p. q. p....!, que m.... de campanha é essa que o sr. tá fazendo? Eu me pergunto se o sr. é louco ou se não quer ganhar as eleições. E com isso não tô te pedindo pra ser falso. Eu só queria te pedir com esta carta que o sr. divulgasse nos debates, nas falas, suas propostas! Sem voltas e arrodeios, sem sacos de farinha que acabam furado. "

Com estudantes assim, quem tem dúvidas que atravessaremos sobre as águas turvas e profundas dos interesses mesquinhos das outras chapas? Quem tem dúvidas de que nós da UnB seremos um exemplo de seriedade, solidariedade, honestidade e excelência?

Vamos à Luta com a Chapa 74 - A UnB que nós queremos!


O movimento estudantil da Universidade de Brasília deu este ano uma demonstração que é preciso lutar e é possível vencer! Os estudantes ocuparam a reitoria da Universidade de Brasília e sinalizaram para toda a universidade a necessidade de mudanças na gestão universitária e na política educacional do nosso país. A luta dos estudantes da UnB conseguiu entre outras coisas a renuncia de uma gestão com fortes indícios de corrupção e com uma política que aprofundava o processo de mercantilização da educação pública. A campanha desenvolvida pelos três segmentos pela paridade nas eleições para Reitor também garantiu o aumento da participação de servidores técnico-administrativo e estudantes na escolha do novo reitor. A paridade sofreu um forte golpe do Conselho Superior da universidade, que propôs uma nova fórmula que prejudica o segmento com maior colégio eleitoral, no caso os estudantes, o que reforça a necessidade de participarmos deste processo.

Neste sentido, o Movimento Vamos à Luta, coletivo de estudantes de diversos cursos da UnB acredita na importância de valorizarmos a pauta e as reivindicações construídas pelos estudantes no primeiro semestre deste ano, para continuarmos na luta e na pressão por melhores condições para nossa universidade.

Defendemos a Chapa 74 - A UnB que nós queremos , como a única chapa que conduziu toda sua campanha valorizando a real participação estudantil, não tergiversou sobre as principais polêmicas e debates colocados hoje na Universidade de Brasília. Exemplo disto é o programa que pede o fim das fundações privadas, fortalece a luta por uma expansão de qualidade e diz não ao decreto REUNI do governo federal. A chapa 74 representa uma construção coletiva de estudantes, professores e servidores que participaram ativamente das mobilizações deste ano na UnB, e em especial do movimento de ocupação da reitoria. Esta chapa tem o comprometimento histórico com a pauta aprovada pelos estudantes, isto significa, que não são oportunistas que só agora aproveitam o processo eleitoral para forjarem uma aproximação dos coletivos estudantis.

Convocamos todos/as estudantes da nossa universidade a irem às urnas nos dias 17 e 18 de setembro com o compromisso de defender a UnB .

*Defender a UnB dos ataques do governo.

*Defender a UnB da tentativa de volta do grupo que foi deposto pelos estudantes (representados pela chapa Márcio Pimentel e Sonia Báo).

*Defender a UnB da corrupção e dos privilégios.

Vote chapa 74 - A UnB que nós queremos - nos dias 17 e 18 de setembro e vamos construir uma real alternativa de defesa da universidade pública, gratuita, laica, libertária e de qualidade!

Movimento Vamos à Luta

Porque votarei na chapa 74 A UnB que nós queremos


Nesta reta final das eleições para a Reitoria da Universidade de Brasília, estive pensando nas razões da minha escolha e decidi fazer um texto breve para compartilhá-las com quem tiver interesse. Escolher entre seis chapas a dupla mais adequada para o cargo mais alto da Universidade não é tarefa fácil, mas espero que estas reflexões possam ajudar.
Para avançar na minha escolha entre tantas chapas, achei melhor começar por aquilo que eu não quero. E tudo o que eu menos quero agora é continuidade daquilo que Thimoty conseguiu fazer. Por isso, decidi que não votaria em Pimentel e Báo, nem tampouco em Garrafa e Caldas. Chega de simpatia enrustida em relação à paridade, de ter na Reitoria da Universidade, que tem como coluna vertebral os estudantes que estão sendo formados, alguém que menospreza a participação desse segmento, além de reprovar a autonomia estudantil no momento em que a Reitoria foi ocupada pelo fim da impunidade.
Após decidir sobre aquilo que eu não quero, decidi olhar para as demais chapas, afim de decidir em quem votar. Escolhi Jorge Antunes e Maria Lúcia Baiana (CHAPA 74). Fiz essa escolha conscientemente e exponho aqui três das principais razões que me motivaram.
- A primeira delas diz respeito ao papel da Universidade. Acho que após esses anos na UnB, poderia definir que a principal razão de existir de uma universidade é o de fazer diferença fora dela. É a sociedade quem banca o seu sustento, é a sociedade quem deve nortear os trabalhos e receber em primeira mão os benefícios ali produzidos. Uma universidade com fim em si mesma não pode fazer sentido – mas infelizmente é a noção que hoje domina. Baiana fez muito por esta sociedade quando trabalhou no mapeamento da rede de exploração sexual e tráfico de seres humanos neste país, quando esmiuçou para o Ministério Público os porquês das mortes de adolescentes presos, sob custódia do Estado, sem contar o trabalho realizado de denúncia e enfrentamento da questão de crianças e adolescentes em situação de rua. Antunes por vezes fez ecoar em ritmos e melodias os anseios democráticos, desde a ditadura militar até a luta recente pela paridade. Colocar a serviço da sociedade o conhecimento produzido e as habilidades aprimoradas no seio da Universidade. Essa é a minha principal razão.
- Uma outra razão mais simples e histórica diz respeito a quem apoiou, do início ao fim, a luta estudantil pelo fim da impunidade e pela justiça no poder de escolha entre os segmentos da universidade. O apoio ao poder estudantil no processo decisório foi fundamental na escolha de meus candidatos.
- A terceira e última razão diz respeito à postura frente ao quadro da educação brasileira, no qual a UnB está inscrita. Barrar o caráter bancário e rebaixado de educação proposto pelo REUNI é uma luta imprescindível. Querem rebaixar a formação profissional e intelectual brasileira – já seriamente comprometida. Querem dar ao país uma inserção ainda mais rebaixada no contexto da divisão do trabalho internacional. Penso que temos que eleger alguém que diga “Não” a isso com veemência. Que assuma a assistência estudantil dando a ela um formato digno e capaz de democratizar a permanência universitária. Que não permita que coisas menos urgentes prossigam enquanto o HUB cai aos pedaços e deixa a população desassistida. Enfim, que pague o preço de remar contra a maré, numa batalha em defesa da educação como instrumento de transformação e emancipação social e não mercantilizada.
São essas as minhas principais razões para construir com a Chapa 74 a UnB que nós queremos. Boas eleições pra todo mundo.

Leonardo Ortegal
Assistente Social
Mestrando em Política Social - UnB

Instinto Coletivo apóia a Chapa 74 – A UnB que nós queremos!


Pergunta de pesquisa: Você sabe por quê a UnB vai ter eleições para a
Reitoria em setembro de 2008?

Em 03 de abril de 2008, os estudantes da UnB ocuparam a Reitoria da
universidade exigindo a saída de toda a Administração nefasta
simbolizada por Timothy Mulholland. O ex-reitor decorou seu
apartamento funcional com mais de R$ 470.000,00 advindos da FINATEC,
desviou recursos da saúde indígena, dentre outras acusações que vão de
peculato à formação de quadrilha. Diante disso, conseguimos derrubar
toda a Administração da UnB e uma reitoria pro tempore foi eleita no
CONSUNI (Conselho Universitário) para acabar com a crise e chamar um
novo processo eleitoral e resolver o problema em no máximo 180 dias.
Sendo assim, uma grande preocupação desse grupo é a de que setores
conservadores, que estão representados em algumas chapas nessa
eleição, voltem ao poder com a legitimidade do voto, ainda que não
seja a paridade que queremos. Isso porque o Movimento Estudantil da
UnB levou um golpe no CONSUNI, que aprovou a Paridade Potencial, onde
todos os estudantes tem que votar para chegar ao peso de um terço. No
entanto, registramos um avanço, uma vez que os docentes não tem mais
os 70% do peso dos votos e os técnico-administrativos, por sua vez,
também aumentaram o seu percentual. Sendo assim, conclamamos todos os
estudantes a irem às urnas dias 17 e 18 de setembro de 2008 para
escolherem a gestão que vai representá-los nos próximos 4 anos.
A "Chapa 74 – A UnB que nós queremos" certamente tem o programa que
mais se assemelha com o que defendemos para a universidade. Somos
contra as fundações ditas de apoio, favoráveis ao Congresso Estatuinte
Paritário, à Ocupação da Reitoria, à integração do saber formal com o
saber popular, pela autonomia dos movimentos sociais e contra todas as
opressões (gênero, raça etc.). Diante disso, não é nenhum nome que
conseguirá realizar esse feito sozinho, mas a comunidade acadêmica da
UnB, pelo voto, e fora dela, pela pressão popular. Nesse sentido, é a
base de apoio da "Chapa 74 – A UnB que nós queremos", pautando-se pela
horizontalidade desde agora, que canalizará todos os esforços para uma
gestão democrática de fato.
Acreditamos que um Conselho Comunitário deve ter poder deliberativo e
ampla participação da sociedade, vista infelizmente somente como
objeto e nunca como sujeito do processo histórico. Lamentamos que esse
processo eleitoral ocorra com várias candidaturas, algumas
propositais, que só fortalecem as chapas ligadas ao fisiologismo e
corrupção que acabaram com a nossa universidade.
Portanto, deixamos registrado o nosso apoio à "Chapa 74 – A UnB que
nós queremos", chamando toda a comunidade acadêmica, especialmente os
estudantes, que tomem parte nesse processo. Mais que isso, esperamos
que sua sede de melhoras por mudanças na universidade não se limite ao
voto, mas passe pela extensão, iniciação científica, PET, grupos de
estudo, Centro Acadêmico, DCE e sobretudo pela emancipação e autonomia
dos movimentos sociais que estão alijados da educação formal, qualquer
que seja sua etapa ou modalidade. O motivo de termos eleições hoje é
justamente a mobilização que fez cair toda a burocracia corrupta da
universidade, pois senão estaríamos confortáveis em nossas aulas
enquanto a malversação do dinheiro público continuaria a alimentar os
balcões de negócios instalados pelas fundações. Lutemos, acima de
votar, lutemos!

Movimento Instinto Coletivo
www.instintocoletivounb.blogspot.com
instintocoletivounb@yahoo.com.br

Por quê os técnico-administativos da UnB devem votar na Chapa 74?


Rafael Ayan
Pedagogo formado pela UnB e técnico-administrativo
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Caro(a) colega,
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Essa é uma pergunta que você deve ter feito várias vezes durante essa campanha. Afinal, qual o diferencial da Chapa 74 - A UnB que nós queremos?
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Bem, não sei se conseguirei, mas tentarei resumir, de forma breve, os motivos que me levaram a, enquanto servidor desta universidade, optar pela Chapa 74 no pleito que definirá não só a próxima Reitoria da UnB, mas definirá os rumos de nossa instituição.
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Ora companheiros(as), já ouvi muitas pessoas falarem que servidor(a) da UnB, ou seja, docentes e técnico-administrativos, são mulher de malandro, gostam de apanhar, e por isso vão eleger os de sempre. Discordo plenamente! Esse é um discurso preconceituoso, que não nos mobiliza à luta pela universidade pública, gratuita, laica e de qualidade, pauta essa representada na Chapa 74. Servidores(as) da UnB, principalmente a nossa classe, de técnico-administrativos, não suporta mais tanto assédio moral e descaso com a coisa pública.
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Sejamos sinceros(as) companheiros(as): quem foi que montou a máfia do CESPE e nos fez passar por corruptos vendedores de provas, em 2005? Não é ninguém ligado a chapa 74, podem confirmar! Quem foi que levou o nome da UnB a todos os noticiários possíveis e impossíves, com denúncias de desvio de verbas da saúde indígena, da nossa querida Editora (que começou a fazer tudo menos publicação), de representação funcional (pasmem) em um apartamento de luxo na 310 norte, como se tivessem vergonha do Gabinete do Reitor. Ora, pra quem tem vergonha do Gabinete do Reitor, então é certeza que não conhece as instalações e condições precárias de trabalho no HUB, CME, RU, dentre vários departamentos, principalmente os do ICC. É nessa gente que vamos votar?
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Vamos lembrar quem sempre lutou contra a paridade colegas. Não foi ninguém ligado à Chapa 74, mas podemos ver inimigos históricos de nossa classe, dentro de outras chapas que aí estão. Inimigos esses que sempre rechaçaram nossas greves, que nunca nos deram oportunidade de capacitação profissional, de poder fazer um curso pré-vestibular e entrar para a UnB e poder fazer uma graduação, e uma pós-graduação também. São aqueles mesmos que vieram com uma proposta de "renovar para fortalecer" em 2005, vocês lembram? Não bastasse quase duas décadas na administração de nossa universidade, fazendo muitas coisas que o Ministério Público só veio a descobrir recentemente, esse pessoal que não queria que tivéssemos a paridade. Porém agora aparecem sorridentes, se dizem éticos, nos abraçam, dão tapas em nossas costas e, claro, pedem o nosso voto, mas sabemos bem as humilhações que passamos depois que esse pessoal é eleito.
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Historicamente, sempre foi assim na UnB. Só éramos chamados para o abraço em época de eleição pra reitoria, e de forma bem efêmera porque não tínhamos tanto poder de decisão. Passamos anos com o nosso salário sendo corroído pela inflação, e sucessivos reitores nada fizeram para fortalecer a nossa classe e, novamente lembrando, quando entrávamos em greve éramos jogados uns contra os outros pela própria Reitoria. Queremos isso companheiros?
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Já que pedi sinceridade, também vou ser sincero com vocês. Estou na UnB desde 2004, tenho 25 anos e muitas pratas da casa podem falar que eu não era nem nascido quando enfrentaram a ditadura no campus. Que bom, mas isso não resolve muita coisa. Eu também não estava no Brasil em 1500 e sei que Pedro Álvares Cabral esteve aqui! Por isso pergunto aos novos e antigos: afinal, o que nossos companheiros que lutaram contra os fuzis ou os que nem lembram do Fora Collor esperam de uma Reitoria? No mínimo, que seja o oposto do que foi as gestões de 1993 até agora. O que ganhamos nessa gestão pessoal? O quê? As demandas crescem a cada dia e nossa qualificação não acompanha essa aceleração. Somos tratados como "atividade meio", mas ainda que considerássemos esse absurdo, tira o "meio" pra ver o que sobra da "atividade fim".
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Queremos que a UnB se torne uma prisão, reduto de crimes contra o dinheiro do contribuinte, ou queremos que a UnB seja fortalecida? Queremos que a FUB (Fundação Universidade de Brasília) seja de fato a nossa fundação ou queremos continuar com os relacionamentos espúrios nas salas de reuniões das fundações? Queremos um espaço de convivência da comunidade acadêmica ou um apartamento funcional de luxo com mobília de R$ 470.000,00? Podemos fazer essa escolha através do voto companheiros(as), sem rebaixar nossas pautas, não só por uma UnB mas por uma sociedade mais justa e igualitária para todas as pessoas que nos "patrocinam" aqui dentro, seja comprando um saco de café ou pagando a conta de luz de casa.
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A UnB que nós queremos é a Chapa 74, classista sim, com muito orgulho, de luta, como os técnico-administrativos da UnB, que não vão aceitar a alcunha preconceituosa e machista de "mulher de malandro" e vão dizer através do voto: "Timothy e fundações, não queremos vocês aqui, fora já!". Chega de corrupção, de grampos, de malversação do dinheiro público, de perseguição política. Está na hora de vivenciarmos realmente um ambiente acadêmico e não o cenário policialesco montado por administrações imcompetentes e tiranas que nunca fizeram nada por nós mas somente para o grupinho que participava do conluio para ficar de bico calado. Não aceitaremos barganhas.
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Tenho certeza que nossos(as) familiares vão voltar a sentir orgulho do local onde trabalhamos e não vamos mais ter que ouvir piadinhas que nada tem haver com nosso trabalho honesto. Vamos com tudo para cima dos conservadores que querem terceirizar o HUB, que querem a aprovação da Lei de Greve, que não pensam na melhoria das nossas condições de trabalho e tampouco em nossas famílias que temos que sustentar bravamente.
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Por isso colegas, vamos votar na Chapa 74 - A UnB que nós queremos!, do Professor e Maestro Jorge Antunes e da Professora Maria Lúcia "Baiana". Ao contrário de muitos candidatos, esses não tem rabo preso com ninguém, nunca participaram de gestões anteriores e tem um histórico de militância com a comunidade acadêmica da UnB e os movimentos sociais. Não tenha medo, vista a nossa camisa e chame os(as) companheiros(as) para essa votação que não pode representar um retrocesso em toda a nossa luta pela queda da antiga gestão.
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Contamos com o seu apoio e não se esqueça: A UnB que nós queremos é a Chapa 74!
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Abraços e saudações de luta!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Na UnB que nós queremos não haverá "Fundação dos amigos"


Deu no blog UnB Livre: um novo processo por peculato (é crime) foi aceito pelo juiz da 12a. Vara Federal contra professores dirigentes da FINATEC e o ex-reitor Lauro Morhy. Veja clicando aqui.
Nosso compromisso é com a honestidade, com a austeridade e a clareza de ações.

UM DEPOIMENTO SIMPLES, DIRETO E SINCERO


"Tiramos o dia hoje para decidir nosso voto (aqui em casa, eu e minha esposa estudamos na UNB), finalmente chegamos a conclusão: Jorge Antunes e Maria Baiana são nossa escolha por uma Universidade ética e plural. Sucesso e rumo à vitória!" Mario Avila e Silvia Assad


Assim são os nossos eleitores: sem pompa, sem mesquinharias, sem cabresto, com consciência livre.
Com-ciência

domingo, 14 de setembro de 2008

UMA MENSAGEM




"A ciência e a arte devem ser espadas para trabalhar o alimento do corpo e da alma."

Ciopiado blog UnB Livre, com uma leve modificação


sábado, 13 de setembro de 2008

DESESPERO DELES: FAVORITO CAI, ZEBRA SOBE


Para ocupar o vácuo de poder aberto pelo movimento de ocupação da reitoria pelos estudantes, a Reitoria pro tempore começou a ser costurada numa reunião no MEC por alguns setores que ali estavam, para ser, dias depois, eleita pelo Conselho Universitário da UnB, conselho que é composto, em sua grande maioria, por apoiadores da gestão privatista que foi deposta por envolvimento em escândalos de corrupção. Em sua composição, podemos reconhecer, na Reitoria interina, vários personagens historicamente ligados ao PT e ao governo Lula, que já haviam exercido importantes postos de poder no MEC e no governo petista no DF. A maioria de seus membros e de sua base de apoio apóia a candidatura de José Geraldo a reitor, ex-diretor da Secretaria de Ensino Superior do MEC.

Nestas eleições, somos a única chapa que não tem e jamais teve qualquer espécie de ligação com as desastrosas administrações que se sucederam na UnB, com as fundações privadas ou com os governos que implementam as políticas danosas para a educação. Somos docentes, servidores e estudantes que sempre travaram a luta histórica em defesa do projeto de universidade pública, gratuita, democrática, autonôma, laica, de qualidade, socialmente referenciada, transformadora e livre das imposições do mercado, e que queremos agora pôr em prática na UnB. Nosso objetivo central nestas eleições é promover a mais ampla redemocratização e refundação de nossa universidade. Para isso, a primeira medida de nossa gestão será a convocação do Congresso Estatuinte Paritário na UnB, primeiro passo para restituir à comunidade o poder de construir democraticamente seu projeto de universidade e as condições plenas do exercício radicalmente democrático da gestão universitária. Votar na Chapa 74 e construir as condições de sua vitória é dar o primeiro passo na direção da refundação coletiva e democrática de nossa UnB.

À época, para além das denúncias e evidências que apontavam o envolvimento da reitoria deposta com a prática da corrupção, a mídia corporativa noticiava as investigações do Ministério Público sobre os balcões de negócios que foram montados na Finatec, que apontavam então indícios claros da existência de um esquema de desvio de recursos públicos, que envolvia várias prefeituras do país, visando a formação de caixa dois para campanhas eleitorais de diversos partidos, especialmente do PT. Não é muito difícil imaginar os poderosos interesses contrariados por essa investigação. Desde então, fez-se silêncio sepulcral na mídia sobre o assunto e as denúncias e evidências apresentadas ainda permanecem entre nós como perguntas que não querem calar.

A reitoria pro tempore só pôde assumir o poder depois de negociar com os estudantes a desocupação do prédio da Reitoria. As condições que os estudantes colocaram para a desocupação foram então aceitas pela Reitoria pro tempore e um termo de acordo foi assinado entre ambas as partes, selando o compromisso da Reitoria em atender a pauta de reivindicações estudantis. Até hoje, a grande maioria das reivindicações contidas naquela pauta não foi atendida pela administração pro tempore. Dentre os muitos compromissos não cumpridos pela Reitoria interina destacamos: a) o Congresso Estatuinte Paritário, reivindicação central do movimento estudantil aprovada nas assembléias de docentes e servidores, que não saiu do papel; b) estudantes que protagonizaram a ocupação da reitoria estão sendo responsabilizados criminalmente; c) o compromisso com a realização de eleições paritárias foi apenas parcialmente atendido: depois de aprovar as eleições paritárias, o Consuni, no apagar das luzes do primeiro semestre, terminou por condicionar o direito à paridade ao percentual de comparecimento às urnas dos membros de cada um dos segmentos, o que evidentemente enfraquece o peso dos estudantes nas eleições; essa manobra só pôde ser bem sucedida devido ao não comparecimento, à abstenção e ao voto de membros da Reitoria pro tempore no Consuni contra o exercício pleno da paridade.

Cinco meses depois, há ainda muito por ser feito para derrotar as políticas, práticas e relações de poder que afundaram a UnB em escândalos de corrupção. As fundações privadas, que praticaram todo tipo de crimes e irregularidades e que as investigações do MP demonstraram ser a porta de entrada da corrupção, da privatização e da mercantilização na UnB, continuam funcionando como antes, legitimadas por um débil Termo de Ajuste de Conduta assinado entre elas e a Reitoria pro tempore. As devidas sindicâncias não foram abertas, as investigações internas não foram feitas e a impunidade continua a reinar na UnB. De nossa parte, pensamos que jamais poderá haver democracia, autonomia, ética e transparência na gestão da universidade pública enquanto as fundações privadas continuarem a intermediar, como verdadeiras empresas, as relações que a universidade mantém com os entes públicos e privados que lhe são externos. O candidato apoiado pela Reitoria pro tempore também não se mostra disposto a proceder o descredenciamento das fundações privadas, assim como o governo que o apóia, que vem agora propor, com o PLP 92/07 – na contramão de tudo o que foi revelado publicamente pelas investigações do MP sobre as fundações privadas em todo o país –, a conversão das instituições públicas que atuam em áreas de atividade não exclusiva do Estado (saúde, educação, etc) em fundações privadas.

Alçada ao poder com a benção do MEC e a sanção do Consuni para um mandato que tem o objetivo de “superar a crise”, sem a legitimidade que só poderia advir de sua eleição pela comunidade, a gestão pro tempore está implementando, o plano do governo Lula para a expansão e reestruturação das Universidades Federais (Reuni), que terá impactos profundos, estruturais e duradouros sobre nossa universidade. A implementação desse plano, que se estenderá até 2012, prevê a duplicação do número de vagas discentes na UnB com acréscimo correspondente do número de docentes em apenas 1/3, sem que estejam devidamente assegurados os recursos necessários para a duplicação da infra-estrutura física da UnB. Somos historicamente favoráveis à expansão da Universidade, mas para isso será necessária a alocação dos recursos correspondentes. Sem ela, a expansão planejada acarretará, inevitavelmente, sobrecarga de trabalho para docentes e servidores, sobrecarga da infra-estrutura física, salas de aula cada vez mais cheias e, previsivelmente, uma queda na qualidade acadêmica ainda mais acentuada do que aquela que vem sendo verificada nos últimos anos.

O direito democrático à livre expressão do pensamento e da crítica, por mais dura que ela possa ser, não pode ser cerceado na universidade. Colocamos aqui essas questões, dentre tantas que ainda poderíamos colocar à gestão pro tempore, para que o necessário debate político possa ser travado democraticamente, com toda serenidade, com toda transparência e respeito, no momento em que nossa comunidade se prepara para eleger seus novos dirigentes. Não estamos aqui para julgar o caráter, as ações ou as intenções das pessoas, mas as políticas que elas defendem, implementam e praticam publicamente, em nome da comunidade da UnB, como seus dirigentes. Lutamos e, se preciso for, seguiremos lutando para que a próxima administração não tenha qualquer ligação com as desastrosas gestões que se sucederam na UnB, ou com os governos que implementam as políticas neoliberais de privatização e mercantilização da educação e do conhecimento em nosso país.

A Chapa 74 não teme desvarios ou ameaças veladas de desesperados artífices do continuismo que pretendem abafar escândalos que envergonham a comunidade universitária. Notas oficiais pretensamente esclarecedoras e explicitamente intimidadoras, pavores e ações precipitadas contra a paridade, são fatos que não abalam nossas convicções e nossa denodada luta. Tais acontecimentos nada mais revelam do que o desespero de quem vê, no atual processo eleitoral na UnB, o vertiginoso desprestígio de pré-fabricados favoritos e o fortalecimento crescente de nossa candidatura.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O que fazer com o lixo da UnB? Algumas propostas da Chapa 74!


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O problema do lixo na UnB
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O problema do lixo é algo que atinge não somente a UnB como todo o planeta. Para isso, a chapa 74 – a UnB que nós queremos! - pensa em soluções que integrem toda a universidade e vá além das cartilhas educativas atuais que, apesar de importantes, estão aquém do conjuntura de uma universidade.
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Lixo hospitalar ou provenientes de pesquisas bioquímicas – de acordo com a Resolução RDC n 33/03 e 306/04 da ANVISA, esse tipo de lixo deve ser tratado com o maior zelo possível para que não contamine o lençol freático ou diretamente a população, como o caso do césio 137 em Goiânia ou da mulher que comeu uma mama amputada em Olinda (1994) por não ter o que comer. Na FAL, há de se aproveitar o esterco como adubo (o que já é realizado em grande parte) e tomar cuidado com a contaminação do lençol freático com o uso dos fertilizantes. O lixo biológico deve ser avaliado se precisa ou não de tratamento para ser aterrado. Já o resíduos tóxicos perigosos (lixos químicos classe 1) necessitam de aterro especial. Portanto, a universidade tem que fornecer capacitação para quem trabalha com esses materiais, mas acima de tudo condições para que eles possam armazenar o lixo em local apropriado e que não ofereça risco à saúde das pessoas. Pensando além da UnB, o problema ambiental esbarra na ausência de aterros sanitários estruturados e com profissionais qualificados para lidar com esse tipo de demanda.
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Restos alimentares do RU – podem ser utilizados em um biodigestor para a produção de energia elétrica, que é outro problema da UnB. As próprias caldeiras do RU poderiam ser aquecidas com a energia gerada pela biomassa. isso evitaria grande parte dos sacos de lixo orgânico nos contâineres do restaurante, que ajudam na proliferação de agentes nocivos à saúde como ratos, baratas e bactérias.
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Fortalecimento do Núcleo de Agenda Ambiental da UnB – o núcleo já coordena diversas atividades ligadas à sustentabilidade, como o minhocário para aproveitamento do lixo orgânico. Além disso, conta com a participação de diversos setores como estudantes, técnico-administrativos, docentes e cooperativas, como a de catadores de papel da Esplanada dos Ministérios e de lixo (vidro, alumínio e papel) da Estrutural. Vidro, papel e alumínio podem ser utilizados pelos estudantes da disciplina Escultura II do curso de Artes Visuais, que expõem seus trabalhos ao final de cada semestre no gramado ao lado do Centro de Convivência Negra. É esse núcleo, que trabalha junto com o DEX, o mais capacitado para lidar com campanhas educativas sobre o lixo dentro da universidade e conscientizar o público dos perigos de se jogar lixo no chão.
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Rotinização de serviços de manutenção – automóveis de apoio (caminhonetes ou vans) com técnicos especializados (bombeiros hidráulicos e elétricos) para consertos de vazamento de torneiras, vasos sanitários ou gás dos laboratórios. Isso evitará que o problema passe pelo UnBDOC via memorando, que demora a resolver o problema.
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Enfim, campanhas educativas – essas campanhas só podem alcançar seu objetivo se a universidade estiver imbuída no espírito da sustentabilidade. Adesivos do tipo "ao sair, apague a luz", "antes de imprimir, pense nas árvores" ou "traga sua caneca de casa e evite os copos descartáveis: a natureza agradece!". Dessa forma, as campanhas vão agir nos casos mais pontuais, pois a comunidade acadêmica vai estar consciente de seu "papel ambiental".

A UnB que nóis versemu - propostas da Chapa 74!


A UnB que nóis versemu!

Rafael Ayan –
ayanunb@gmail.com
Brasília, 12 de setembro de 2009.




Senhoras e senhores
Essa chapa não tem grife
Não é casa dos horrores
Ou Gran Circo Cetanif
____________________
Esse circo viciado
Acabou com a UnB
Os recursos desviados
Decoraram o apê
_____________________
E se tem golpe na praça
Ex-decano de general
Querendo fazer trapaça
No processo eleitoral
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A Chapa 74
Não apóia essa invasão
Nem os desmandos do Estado
Somos pela Ocupação
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O princípio de nossa rubrica
É a universidade pública, de qualidade,
Transformadora, gratuita,
Emancipadora pra sociedade
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Lixo orgânico que sobrou
Do RU e companhia
Vamos jogá-lo num biodigestor
Para produzir energia
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Os recursos que captarmos
Não vão ser pra corrupção
Onde um ganha até um carro
E o outro vê assombração
_____________________
Fundação que interessa
Se quiser saber é FUB
Não existe outra dessa
Pode perguntar ao CRUB
_____________________
PDI avaliado
Em períodos mais freqüentes
Congresso Paritário
E um Estatuto diferente
_____________________
Programas de capacitação
Para nossos servidores
Qualidade na expansão
Apoio aos pesquisadores
_____________________
Fim de todas as taxas
Não submissão ao mercado
Para nós a regra é clara:
Somos público e não privado
_____________________
Transparência administrativa
Contra a mercantilização
Ouvidoria participativa
Melhorar Ensino, Pesquisa e Extensão
_____________________
Em defesa do Brasil,
Dos saberes populares
Assistência estudantil
E cotas na universidade
_____________________
Centro Olímpico revitalizado
Bem como CEU e Colina
HUB mais respeitado
E recursos pra pesquisa
_____________________
Combate às opressões
Moral, étnica, sexual,
Combate às fundações
E ao REUNI neoliberal
_____________________
A Fazenda Água Limpa
E a Estação Experimental
Devem ser fortalecidas
Pois quem ganha é o social
_____________________
Creche pra nossas crianças
Festival Latino-Americano
Queremos música e dança
Mas de um modo soberano
_____________________
Cultura brasileira em cena
Não é nenhuma novidade
Festivais de arte e cinema
Que exprimam diversidade
_____________________
Fomento ao intercâmbio cultural
Ao artista plástico, cênico,
Diálogo horizontal
Com todo Centro Acadêmico
_____________________
Ampliação da BCE
Digitalização dos documentos
Apoio ao CME
Hospital dos equipamentos
_____________________
Concursos pra todas as áreas
E uma nova LDB
São campanhas necessárias
Que nós temos que fazer
_____________________
Crédito de Extensão
E extensão que não se pague
Essa é nossa visão
De retorno pra sociedade
_____________________
Assembléias semestrais
Para ouvir a comunidade
Sobre o que precisa mais
E o que não é prioridade
_____________________
Conselho Comunitário
Abre as portas UnB!
Não sejamos sectários
Pois existe outro saber
_____________________
Editora publicando
Artigos, livros, anais,
E assim não freqüentando
As páginas policiais
_____________________
Convivência de dissabores
Não podemos apoiar
Campeonato dos servidores
Futebol num sol de rachar
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Queremos mais cuidado
Com a saúde dos funcionários
Sejam eles concursados
Ou então terceirizados
_____________________
Nossa boa aventura foi
Falamos isso na cara
Ter Teodoro do Boi
Apoiando nossa chapa
_____________________
Pra ganhar a eleição
Não rebaixamos a pauta
Melhor do que ser campeão
É a UnB politizada
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Não temos o rabo preso
Com nenhuma administração
Cada um tem o seu peso
Sabe o que quer pra nação
_____________________
Não precisa repitir
Que essa chapa é alternativa
Antes do seu voto pedir
Queremos a luta todo dia
_____________________
Nunca em toda história
Da universidade brasileira
Uma chapa teve a glória
De levantar as bandeiras
_____________________
De lutar por democracia
E contra as explorações
Dos corruptos e corruptores
Apoiados por fundações
_____________________
Acabe com o clientelismo
Indague seu professor
O técnico-administrativo,
O estudante ou quem for
_____________________
Quem é cada candidato
Quem de fato vai pra luta
Quem se diz apartidário
Mas foi de gestão corrupta
_____________________
Não se iluda minha gente
Paridade não é garantia
De um voto consciente
Pra mudar a reitoria
_____________________
A UnB que nós queremos
Não quer ser grampeada
A força que nós temos
Deve ser canalizada
_____________________
Ceilândia e outros campus
Como Gama e Planaltina
Terão malotes transportando
Livros para a pesquisa
_____________________
É Antunes e Baiana
Ou é Jorge e Maria
Pra acabar com a barganha
E ganhar a Reitoria
_____________________
Acabe com o peculato
E eleja algo novo
Vote chapa sete quatro
Dias 17 e 18

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Carta à Comunidade da UnB



Chapa 74 - Jorge Antunes Reitor e Maria Lúcia Baiana Vice



1. Para ocupar o vácuo de poder aberto pela vitória do movimento de ocupação da reitoria pelos estudantes, a reitoria pro tempore começou a ser costurada em conversas e articulações de bastidores que culminaram numa reunião no MEC e, dias depois, em sua escolha pelo Conselho Universitário da UnB, integrado em sua grande maioria por apoiadores da gestão privatista deposta por escândalos de corrupção. Em sua composição, podemos reconhecer, na Reitoria interina, vários personagens historicamente ligados ao PT e ao governo Lula, que já haviam exercido importantes postos de poder no MEC e no governo petista no DF. A maioria de seus membros e de sua base de apoio apóia a candidatura de José Geraldo a reitor, ex-diretor da Secretaria de Ensino Superior do MEC do governo Lula.

2. À época, para além das denúncias e evidências que apontavam o envolvimento da reitoria deposta com a prática da corrupção, a mídia corporativa noticiava as investigações do Ministério Público sobre os balcões de negócios que foram montados na FINATEC, que apontavam indícios claros da existência de um esquema de desvio de recursos públicos, que envolvia várias prefeituras do país visando a formar caixa dois para campanhas eleitorais de diversos partidos, especialmente do PT. Não é difícil imaginar os poderosos interesses contrariados por essa investigação. Desde então, fez-se silêncio sepulcral sobre o assunto e as evidências apresentadas ainda permanecem entre nós como perguntas que não querem calar.

3. A reitoria pro tempore só pôde assumir o poder depois de negociar com os estudantes a desocupação da reitoria. As condições que os estudantes colocaram foram então aceitas pela reitoria pro tempore e um termo de acordo foi assinado, selando o compromisso da Reitoria com o atendimento da pauta de reivindicações estudantis. Até hoje, a grande maioria das reivindicações contidas naquela pauta não foi atendida pela reitoria pro tempore. Dentre os compromissos descumpridos, destacamos: a) o Congresso Estatuinte Paritário, reivindicação central do movimento estudantil aprovada nas assembléias de docentes e servidores, que não saiu do papel; b) estudantes que protagonizaram a ocupação estão sendo responsabilizados criminalmente; c) o compromisso com eleições paritárias foi apenas parcialmente atendido: depois de aprovar as eleições paritárias, o Consuni, no apagar das luzes do primeiro semestre, terminou por condicionar o direito à paridade ao percentual de comparecimento às urnas dos membros de cada um dos segmentos, o que evidentemente enfraquece o peso dos estudantes nas eleições; essa manobra só pôde ser bem sucedida devido ao não comparecimento, à abstenção e ao voto de membros da reitoria pro tempore contra a paridade plena.


4. Cinco meses depois, há ainda muito por ser feito para derrotar as políticas, práticas e redes de relações de poder que afundaram a UnB em escândalos de corrupção. As fundações privadas que praticaram todo tipo de crimes e irregularidades e que as investigações do MP demonstraram ser a porta de entrada da corrupção, da privatização e da mercantilização na UnB, continuam funcionando como se nada tivesse acontecido, agora legitimadas por um débil Termo de Ajuste de Conduta assinado entre elas e a Reitoria pro tempore. As devidas sindicâncias não foram abertas, as investigações internas não foram feitas e a impunidade continua a reinar. De nossa parte, pensamos que jamais poderá haver democracia, autonomia, ética e transparência na gestão da universidade pública enquanto as fundações privadas continuarem a intermediar, como verdadeiras empresas, as relações que a universidade mantém com os entes públicos e privados que lhe são externos. O candidato apoiado nestas eleições pela Reitoria pro tempore também se recusa a proceder o descredenciamento das fundações, assim como o governo que o apóia, que vem agora propor, com o PLP 92/07, na contramão de tudo o que foi revelado publicamente pelas investigações do MP sobre as fundações privadas em todo o país, a conversão das instituições públicas que atuam em áreas de atividade não exclusiva do Estado (saúde, educação, etc) em fundações privadas.


5. Alçada ao poder com a benção do MEC e a sanção do Consuni para um mandato tampão, sem a legitimidade que só poderia advir de sua eleição pela comunidade da UnB, a gestão pro tempore está implementando, a toque de caixa, o plano do governo Lula para a expansão e reestruturação das Universidades Federais (Reuni), que terá impactos profundos, estruturais e duradouros sobre nossa universidade. A implementação desse plano, que se estenderá até 2012, prevê a duplicação do número de vagas discentes com acréscimo correspondente do número de docentes em apenas 1/3, sem que estejam devidamente assegurados os recursos necessários para a duplicação da infra-estrutura física da UnB. Somos historicamente favoráveis à expansão socialmente referenciada da Universidade Pública como direito de todos e dever do Estado, mas para isso é necessária a alocação dos recursos correspondentes. Sem eles, a expansão planejada acarretará, inevitavelmente, em sobrecarga de trabalho para docentes e servidores (como já indica a resolução que a Reitoria pro tempore quer aprovar no CEPE), sobrecarga da infra-estrutura física, salas de aula cada vez mais cheias e, conseqüentemente, uma queda na qualidade acadêmica ainda mais acentuada do que aquela que vem sendo verificada nos últimos anos.


6. O direito democrático à livre expressão do pensamento e da crítica, por mais dura que ela possa ser, não pode ser cerceado. Colocamos aqui essas questões, dentre tantas que ainda poderíamos colocar à gestão pro tempore e a seu candidato, para que o necessário debate político possa ser travado democraticamente, com toda serenidade, transparência e respeito, no momento em que nossa comunidade se prepara para eleger seus novos dirigentes. Não estamos aqui para julgar o caráter, as ações ou as intenções das pessoas, mas as políticas que elas defendem, implementam e praticam publicamente, em nome da comunidade da UnB, como seus dirigentes. Nestas eleições, somos a única chapa que não tem e jamais teve, em todo o seu coletivo, qualquer espécie de ligação com as desastrosas administrações que se sucederam na UnB, com as fundações privadas ou com os governos que implementam os planos do capitalismo educacional. Somos docentes, servidores e estudantes que sempre travaram a luta histórica em defesa do projeto de universidade pública, gratuita, democrática, autônoma, laica, de qualidade socialmente referenciada, transformadora, livre das imposições do mercado e do capital, que queremos agora pôr em prática na UnB. Nosso objetivo central é a mais ampla redemocratização e refundação de nossa universidade. Para isso, a primeira medida de nossa gestão democrática será a convocação do Congresso Estatuinte Paritário da UnB, primeiro passo para restituir à comunidade o poder de construir democraticamente seu projeto de universidade e as condições plenas do exercício radicalmente democrático de seu auto-governo.

Carta aos Servidores Técnico-Administrativos da UnB


1. A capacidade de se indignar e se mobilizar para transformar a realidade não nos permite aceitar como normal o que é essencialmente imoral. O esbanjamento de recursos públicos com privilégios privados e os rios de dinheiro desviado pelas redes de corrupção que dominaram a UnB contrastam com as precárias condições de trabalho e com o processo de terceirização e super-exploração a que estão submetidos a imensa maioria dos servidores de nossa universidade.

2. Sem condições dignas de trabalho e sem salários que valorizem os trabalhadores, não é possível construir uma universidade. Os servidores técnico-administrativos das universidades são a categoria do serviço público federal que recebe os mais baixos salários. Na reitoria, nos posicionaremos firmemente contra o arrocho salarial imposto pelo governo e pela implementação imediata da política de capacitação e de todas as etapas previstas na carreira dos servidores técnico-administrativos. Adotaremos eleições diretas para chefe e creche gratuita para os filhos de servidores, estudantes e professores da UnB. Trabalharemos pela plena recuperação do HUB com a participação democrática de toda a sua comunidade e pela rejeição do PLP 092/07 do governo, que transforma os HUs e pode comportar a transformação da universidade e do serviço público em fundações de direito privado.

3. A terceirização imposta pelos governos e conduzida pelas fundações privadas e administrações da UnB favorece as empresas em detrimento dos trabalhadores, rebaixa os salários, retira direitos e abre as portas da universidade para o nepotismo e a corrupção. Por isso, somos contra a terceirização e nos comprometemos a estender os direitos trabalhistas aos servidores terceirizados, com pagamento de horas-extras, férias, 13º, jornada de trabalho máxima de 40 horas semanais, condições dignas de trabalho, revisão das injustiças e irregularidades cometidas, fim do assédio moral e equiparação salarial dos terceirizados com os servidores do quadro permanente.

4. Contrariamente às últimas administrações, não usaremos de forma desigual e discricionária os recursos públicos, os concursos do CESPE e outras formas de complementação salarial moedas de troca e mecanismos de poder para a formação de base de apoio às administrações da universidade. Ainda que tenhamos claro que a complementação salarial é um expediente precário que deve ser substituído por salários dignos, reconhecemos o direito dos trabalhadores de prestar serviços à universidade e à sociedade para completar sua renda. Para que esta situação seja regulamentada, em nossa gestão democrática este direito será reconhecido, democraticamente regulamentado e universalmente estendido a todos os servidores da UnB.

5. Somos estudantes, servidores e docentes que sempre estiveram na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e do projeto de universidade pública, gratuita, autônoma, democrática e socialmente referenciada que propomos colocar em prática na UnB. Somos a única chapa composta por pessoas que não participaram dos governos, das fundações privadas e das administrações privatistas da UnB. Votar na chapa 74 é o primeiro passo para o Congresso Estatuinte Paritário que abrirá os caminhos para proporcionar à comunidade da UnB as condições de seu auto-governo democrático e paritário.

Chapa 74 – Jorge Antunes - Reitor
Maria Lúcia Baiana - Vice

A UnB que nós queremos!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

CARTA AOS ESTUDANTES DA UnB


Chapa 74 - A UNB QUE NÓS QUEREMOS

Jorge Antunes & Maria Lúcia Baiana

CARTA AOS ESTUDANTES DA UnB

Caros estudantes:

Em abril de 2008, os estudantes da UnB fizeram história. Sua ação coletiva consciente, exemplar, angariou apoio da comunidade universitária e da sociedade e varreu da reitoria a administração privatista que afundou a UnB na corrupção.

Cinco meses depois, há ainda muito por ser feito para derrotar as políticas e práticas privatistas e mercantis que submeteram a UnB às redes corruptas de clientela que se formaram em torno das fundações privadas e da administração – representadas pelas chapas 73 (Márcio Pimentel, ex-decano de Timothy), 75 (Volnei Garrafa, apoiado por setores que participaram das gestões de Morhy e Timothy) e 71 (Ortiz e Inês Maria, que apoiaram até o fim a gestão deposta).

As fundações privadas que praticaram todo tipo de irregularidades na UnB continuam a funcionar. As devidas sindicâncias não foram abertas e a impunidade continua a reinar. A pauta de reivindicações dos estudantes – cujo cumprimento foi condição para a desocupação da reitoria – não foi atendida. O poder continua, como antes, concentrado nas mãos de muito poucos. A reitoria pro tempore – cujos membros apóiam a chapa 76, de José Geraldo, ex-diretor da Secretaria de Ensino Superior do MEC –, assim como o governo que a apóia, não se mostraram dispostos a enfrentar o problema estrutural das fundações privadas, que as investigações do Ministério Público demonstraram ser a porta de entrada da corrupção, da privatização e da mercantilização na UnB e nas universidades públicas do país. As poderosas energias liberadas pelo movimento da ocupação ainda não foram canalizadas de forma objetiva e o processo de refundação democrática da UnB foi interrompido.

A luta vitoriosa dos estudantes da UnB demonstrou que podemos e devemos depositar nas novas gerações todas as esperanças para a construção de uma sociedade mais justa e feliz. A UnB é celeiro dessa potencialidade. Portanto, é compromisso da Chapa74 todo apoio às necessidades dessa juventude, para que sua formação se realize de modo integral. A vida acadêmica desses jovens, no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão, tem que estar aliada a condições ideais de alimentação, moradia, material didático e transporte. Assim, precisamos otimizar, baratear, melhorar e ampliar as condições do RU, da CEU, do conforto ambiental no câmpus, da BCE, dos convênios e das bolsas financeiras.

A chapa 74 é a única que não tem em suas fileiras pessoas que participaram das administrações privatistas que se sucederam da UnB ou dos governos que implementam as políticas de privatização e mercantilização da educação e do conhecimento. Somos docentes, servidores e estudantes que sempre estiveram na luta em defesa do projeto histórico de universidade pública, gratuita, autônoma, democrática e socialmente referenciada que propomos colocar em prática na UnB. Nos apresentamos nestas eleições como a única chapa que propõe a construção coletiva do Congresso Estatuinte Paritário da UnB, com amplos poderes. Nele, a comunidade construirá, num processo coletivo radicalmente democrático, seu próprio projeto de universidade. Votar e apoiar a chapa 74 até a vitória é o primeiro passo para restituirmos à comunidade da UnB as plenas condições de seu auto-governo democrático.

Chapa 74

Jorge Antunes Reitor e Maria Lúcia Baiana Vice


A UnB que nós queremos!

domingo, 7 de setembro de 2008

Agenda da Chapa 74


A UnB que nós queremos!
Reitor: Jorge Antunes
Vice-reitora: Maria Lúcia Leal (Baiana)

Segunda-feira - 08/09

10h30 - Visita ao HUB

17h - Visita dos candidatos ao CEAM

Terça-feira - 09/09

15h - Visita ao IH

Quarta-feira - 10/09

10h - Visita à FE

11h40 - Apresentação do "Jogral 74"
Distribuição do livreto de poemas de J.A. (O Livro na Rua)

14h - Visita ao CME (Centro de Manutenção de Equipamentos)

Quinta-feira - 11/09

10h - Reunião no IP (Instituto de Psicologia)

14h - Visita ao IdA (Instituto das Artes)

18h - Debate promovido pela COC.

20:30h - Visita à CEU

Sexta-feira - 12/09

9h30 - Reunião no Departamento de Economia

15h - Visita à FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo)


CONTINUISMO A TOQUE DE CAIXA



Jorge Antunes e

Maria Lúcia Pinto Leal

CHAPA 74 A UNB QUE NÓS QUEREMOS

Não vemos qualquer diferença entre a administração anterior, que foi defenestrada pelos estudantes, e a atual, interina, integrada de egressos do governo petista. Constrói-se o continuismo ambilateral: os interinos são representantes do MEC-PT intervencionista, criador da política educacional privatista, e os demitidos foram os implementadores dessa política perversa na UnB. Estes apoiam a Chapa 73 encabeçada pelo Prof. Márcio Pimentel, aqueles apoiam a Chapa 71, encabeçada pelo Prof. José Geraldo.
É a Caixa quem vai tocar os leilões de 27 apartamentos da UnB. A reitoria pró-tempore da Universidade de Brasília, que recebeu missão do MEC para substituir temporariamente o reitor que renunciou, resolveu assumir o papel de reitor definitivo. Não satisfeito em ocupar a galeria de fotos da parede da Reitoria como um mero interino, está tomando decisões temerárias e inconseqüentes sem consultar a comunidade universitária, sem ouvir os Conselhos superiores.
A atual equipe, tal como a anterior, trata a coisa pública de modo autoritário, antidemocrático e tresloucado. Age de modo demagógico e irresponsável, revelando seu perfil continuista nas duas pontas: em sua gênese de abril e em sua futura próxima retirada em setembro. Arma a cama do seu candidato preferido nas próximas eleições do novo reitor. O resumo da ópera pode ser esboçado em poucas palavras, como se segue.
Primeira cena do primeiro ato: a reitoria pró-tempore, incumbida de arrumar a casa em noventa dias, tem seu mandato prorrogado pelo Ministério da Educação, porque se arrastam lentamente suas ações saneadoras.
Segunda cena: os interinos postergam a discussão sobre a realização da Estatuinte, que permitiria à comunidade universitária, de modo democrático e paritário, reescrever e traçar os novos rumos da UnB.
Terceira cena: os interinos resolvem atacar de frente os grandes problemas do HUB, tirando da cartola milhões de reais para reforma do hospital.
Quarta cena: o diretor do HUB, politicamente fortalecido pelas prometidas futuras reformas do hospital, é convidado para ser vice-reitor na chapa do candidato preferido do governo petista e da reitoria pró-tempore.
Ao segundo ato, então, ficam reservados os lances mais audaciosos do enredo. Os milhões para o HUB talvez não estejam garantidos no fundo da cartola. Então, a venda urgente de boa parte do patrimônio da UnB poderá resolver essa questão, de modo a cacifar o preferido candidato a vice-reitor, diretor do hospital.

Essa dilapidação do patrimônio, que já em 1975 era preconizada pela reitoria da ditadura militar, é então orquestrada em regime de urgência urgentíssima. Nesse tabuleiro lúdico, uma jogada bem se encaixa: a queima de estoque feita a toque de caixa com a parceria da Caixa.

sábado, 6 de setembro de 2008

Resposta para Dalila , do EnegreSer


Cara Dalila:
Entendemos perfeitamente sua demanda. Comprometemo-nos a criar mecanismos claros de apoio àqueles projetos (CCN, Afroatitude etc), por meio de um projeto de sustentabilidade orçamentária que viabilize a ampliação de bolsas para estudantes que queiram desenvolver pesquisa, extensão e ensino na área, assim como o apoio a projetos democraticamente eleitos por um fórum de forças que compõem a luta por uma política a favor da igualdade. Entendemos que esse fórum já existe por meio dos projetos citados. Temos que criar um orçamento específico para apoiar transversalmente a sua proposta. Se assumirmos a reitoria teremos que abrir um diálogo com todas essas forças, para que obtenhamos subsídios para elaboração de uma política de igualdade.
Abraços,
CHAPA 74
A UNB QUE NÓS QUEREMOS
Jorge Antunes & Maria Lúcia Baiana


Pergunta de Dalila:
"Prezado Candidato,
Diante das situações específicas d@s estudantes negr@s na Universidade, relativas ao racismo nos departamentos, à falta de incentivo à iniciação científica da temática racial em diversas disciplinas e à permanência tanto dos bolsistas do Afroatitutde, quanto dos não-bolsistas. Gostaria de estabelecer um canal de diálogo para que as necessidades específicas dos estudantes negros e das estudantes negras na UnB sejam atendidas tanto no seu programa de gestão, quanto numa possível vitória nas eleições.
Atenciosamente,
Dalila Fernandes de Negreiros
Militante do EnegreSer"

Auditoria da FUNASA conclui sobre desvio de 5 milhões de reais na UnB


Vejam a matéria completa e comentada no blog UnB Livre clicando aqui.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Por uma Biblioteca 24 horas na UnB


Jorge Antunes e Maria Lúcia Pinto Leal

CHAPA 74 – A UNB QUE NÓS QUEREMOS

A Biblioteca Central da Universidade de Brasília (BCE) traz em seu nome adjetivo extremamente revelador: central. Desde seus primórdios a UnB adota e consagra o conceito de biblioteca universitária com centralização total, estrutura organizacional que precisa ser mantida. Pequenas bibliotecas dispersas em várias unidades da Universidade seria sistema que, além de ser oneroso, implicaria em duplicações desnecessárias de acervo e de processos técnico-administrativos.

Como órgão central do câmpus Darcy Ribeiro, a BCE precisa pulsar como uma espécie de coração deste organismo complexo e rico que é a UnB. Mas, infelizmente, a bradicardia tem prevalecido no sistema. A Biblioteca precisa urgentemente contar com uma dotação orçamentária de vulto, para que as diversas áreas do conhecimento possam ser contempladas com o enriquecimento e a atualização de seu acervo.

Esse coração da UnB pulsa de modo especial em vésperas de vestibular. Não só professores, estudantes e funcionários são atendidos naquele importante órgão hard-disc da universidade: de modo alvissareiro, que devemos festejar, também a comunidade externa acorre, ávida, ao templo do saber. É justamente nesses momentos que verificamos serem muito poucos os 16.000 metros quadrados que abrigam cerca de um milhão de volumes.

O prédio da BCE foi inaugurado em 1972, com capacidade para um milhão de volumes e dois mil usuários. Em outubro próximo seu edifício estará completando 36 anos de existência. Hoje a Biblioteca reúne um acervo de aproximadamente 1,3 milhões de exemplares. Ela está, assim, começando a ultrapassar o limite de sua capacidade. Essa questão precisa ser atacada com urgência, antes que a gravidade do problema se acentue rumo ao colapso e ao sucateamento. Um laboratório de ponta, com especialistas em restauração de livros, precisa ser também urgentemente instalado. Isso permitiria que obras raras pudessem ser mais facilmente disponibilizadas aos pesquisadores.

Mas a BCE só voltará a ser o grande centro de integração da descoberta e do conhecimento da Universidade de Brasília, quando for possível transformá-la em uma Biblioteca 24 Horas. Essa tem que ser uma das metas principais da nova Universidade que pode nascer com as eleições do novo Reitor. O desafio está colocado, sendo necessário ter-se consciência de que esse projeto grandioso terá que passar por medidas que envolvem outros aspectos dentro e fora da Biblioteca: maior dotação orçamentária; concursos para contratação de bibliotecários e outros profissionais da área; segurança profissional dia e noite; iluminação adequada em todas as áreas externas; obras de ampliação; renovação de acervo; compra de vários exemplares de obras com muita demanda; transporte público durante a noite acessível dentro do câmpus.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

MANIFESTO: A UnB QUE NÓS QUEREMOS


Chapa 74

Jorge Antunes Reitor
Maria Lúcia Baiana Vice


Abril de 2008: nossa luta continua!

Em abril de 2008, os estudantes da UnB mais uma vez fizeram história, demonstrando que é possível lutar e que é possível vencer. A ocupação da reitoria pelo movimento estudantil gerou uma profunda mudança de consciência na comunidade universitária, colocando em xeque a atuação das fundações privadas no interior da universidade e toda a nefasta política privatista, mercantil e clientelista que vem sendo implementada há mais de uma década na UnB e nas universidades públicas de todo o país.

Entretanto, muito ainda deve ser feito para derrotar a cultura, as práticas e as relações de poder que afundaram a UnB em sucessivos escândalos de corrupção e abrir os caminhos para a construção de uma universidade efetivamente pública, autônoma e democrática. As fundações privadas que praticaram todo tipo de irregularidades na UnB continuam a funcionar. As devidas sindicâncias não foram abertas, as investigações no MP ainda não foram concluídas e os docentes e servidores que praticaram toda sorte de crimes e irregularidades na gestão da coisa pública continuam impunes. O poder continua, como antes, concentrado nas mãos de muito poucos. As poderosas energias que foram liberadas pelo movimento da ocupação ainda não foram canalizadas de forma objetiva e o processo político de refundação da UnB foi interrompido.

Neste quadro, a luta pela democracia na UnB continua em aberto. Em que pese a fragmentação artificial das candidaturas, a eleição para reitor é uma importante oportunidade para discutir e redefinir o projeto de universidade que vem sendo implementado na UnB. Por isso, é fundamental apresentar uma alternativa ao bloco da burocracia corrupta que foi derrubada com a ocupação da reitoria, e ao bloco ligado ao MEC/PT/Reitoria Pro Tempore, representantes do mesmo projeto de universidade a serviço do capital e integralmente submisso às políticas do governo. Uma alternativa que congregue a todos e todas que lutam por uma universidade efetivamente pública, radicalmente democrática e autônoma, que esteja a serviço dos trabalhadores e dos setores mais oprimidos da sociedade, promova o diálogo constante entre o saber formal e o saber popular e sirva como instrumento estratégico para a construção de uma sociedade justa, solidária, igualitária e auto-sustentável.

A candidatura que ora propomos representa um esforço de unidade entre vários movimentos, organizações, coletivos e ativistas que atuam na UnB em defesa da educação pública e por um novo projeto de universidade e de sociedade. Nela, buscamos ligar o passado, o presente e o futuro da luta na UnB e chamar a todos e a todas que se identificam com esta luta para que se juntem a nós nestas eleições.

Em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade!

Vivemos uma ofensiva global do capital, denominada comumente de neoliberalismo, que desde os anos 90 trabalha pela privatização e mercantilização de todos os setores da vida social. Na educação, essa ofensiva se materializa em diversas frentes, como a progressiva privatização e mercantilização da educação e do conhecimento nas universidades públicas através das fundações privadas ditas de apoio; a tentativa de padronização curricular através do "provão", e agora do ENADE; a desregulamentação do ensino privado e seu financiamento com recursos públicos, entre outras medidas. Neste quadro, porque somos a favor do fortalecimento da educação pública como um direito de todos e um dever do Estado, somos contrários à reforma universitária do governo Lula, que aprofunda o processo de precarização e de privatização da universidade pública e incentiva, sem nenhum tipo de controle, o crescimento do setor privado da educação.

Pelas mesmas razões, lutamos contra o REUNI e as políticas de expansão impostas pelo MEC, que sob a capa de um discurso favorável a democratização do acesso, luta histórica do movimento, buscam promover a expansão precária da universidade sem os recursos necessários, aumentar a carga de trabalho de docentes e servidores, sobrecarregar a infra-estrutura, superlotar as salas de aula, quebrar o tripé ensino-pesquisa-extensão e liquidar a autonomia das universidades, que passam a ter sua gestão financeira e seus projetos acadêmicos e pedagógicos determinados pelo Ministério da Educação e pelas metas contidas no decreto que institui o REUNI. Sua verdadeira finalidade é minar a capacidade de produção científica e acadêmica crítica e independente dos interesses do capital privado, redefinindo o papel da universidade como mera fornecedora de uma mão-de-obra para o mercado. Por todas estas razões, o REUNI foi aprovado de forma atropelada no conselho superior da UnB (CONSUNI), sem o ne
cessário debate na universidade. Convocamos a comunidade universitária a conhecer esse projeto e lutar com todas as suas energias para garantir que a necessária expansão da UnB de fato se dê com recursos que permitam assegurar a qualidade acadêmica que deve nortear a universidade pública.

Porque não queremos e não precisamos das fundações privadas na universidade
Depois do escândalo de corrupção envolvendo o ex-reitor da UnB e das denúncias feitas pelo MP em todo o país, abriu-se um debate sobre o papel das fundações ditas de "apoio" na universidade pública. As fundações são entes de direito privado que intermediam as relações entre a universidade e os entes que lhe são externos, públicos ou privados, movimentando recursos milionários e abrindo as portas da universidade para a corrupção e para a formação de imensas redes de distribuição de poderes, recursos e privilégios, que operam cada vez mais claramente no sentido de destruir o caráter público da universidade e convertê-la numa mera empresa privada prestadora de serviços.
Elas desvirtuam o caráter público, autônomo e gratuito da universidade em vários sentidos: a) por terem se transformado em verdadeiros balcões de negócios para fins de enriquecimento privado; b) por venderem serviços e oferecerem cursos pagos que se apropriam da estrutura física e do quadro docente e técnico-administrativo das universidades para produzir lucros privados; c) por servirem, de forma potencialmente corrupta e corruptora, para driblar a lei de licitações e promover a terceirização em massa, contribuindo decisivamente para a precarização do trabalho na universidade; d) por mediar a penetração do capital privado na universidade, através da parceria com grupos empresariais, aprofundando o processo de mercantilização da educação e do conhecimento; e) por administrar verbas públicas e privadas captadas através de órgãos de fomento à pesquisa, interferindo diretamente na gestão dos recursos e nos projetos desenvolvidos nas universidades e, dessa maneira, atacando a auto
nomia universitária e retirando o poder de decisão e fiscalização das instâncias de gestão participativa da UnB.
Por tudo isso, lutamos pelo fortalecimento da FUB e defendemos a investigação rigorosa da atuação das fundações privadas, com a punição e o afastamento de direito dos docentes e servidores que praticaram ilícitos, o descredenciamento imediato de todas as fundações privadas junto à UnB e a absorção, pela Fundação Universidade de Brasília (FUB), de suas atividades de captação de recursos, que devem passar a ser regulamentadas, autorizadas e fiscalizadas, autônoma e democraticamente, pelos colegiados e conselhos da UnB.

Nossos eixos programáticos na luta por uma universidade pública, gratuita, de qualidade, autônoma, democrática,

1-Pela construção coletiva e democrática de um projeto alternativo de universidade pública, totalmente gratuita, libertadora, democrática, autônoma, transformadora, laica e de qualidade, a serviço dos trabalhadores e sem qualquer submissão ao mercado e ao capital privado, que denuncie o projeto de universidade e as políticas neoliberais do MEC e do governo;

2-Pela mais ampla democracia e transparência na gestão da universidade. Por um Congresso Estatuinte Paritário com plenos poderes, que desmonte a atual estrutura antidemocrática da UnB e proporcione à comunidade acadêmica o poder de construir o seu próprio projeto de universidade. Pela paridade em todos os conselhos e colegiados; por chefias eleitas diretamente pelos professores e técnico-administrativos; pela criação do conselho comunitário deliberativo da UnB.

3-Por melhores condições de trabalho para todos os trabalhadores da UnB: cumprimento dos direitos trabalhistas para os terceirizados - pagamento das horas-extras, jornada de 40 horas semanais, condições dignas de trabalho, equiparação salarial com os servidores do quadro; e creche gratuita para professoras, estudantes e servidoras. Pela recuperação do HUB. Sem condições dignas de trabalho e sem uma política salarial que valorize os trabalhadores da universidade, não é possível construir um projeto de universidade democrática e libertadora. Por isso, somos contra o processo de terceirização em vigor na UnB, mas defendemos o imediato aumento de salários dos terceirizados e o devido cumprimento dos direitos trabalhistas para esses trabalhadores. Não aceitamos a política de arrocho salarial imposta pelo governo para os professores e técnico-administrativos das universidades.

4-Por uma política de assistência estudantil que ofereça condições concretas de permanência dos estudantes da UnB e que garanta qualidade da aprendizagem, condições adequadas de convivência universitária e viabilização de transporte, alimentação, moradia e outros.

5- Pelo fortalecimento das ações afirmativas como meio legítimo e legal na luta pela universalização do acesso ao ensino superior. Contra todas as formas de opressão