1. A capacidade de se indignar e se mobilizar para transformar a realidade não nos permite aceitar como normal o que é essencialmente imoral. O esbanjamento de recursos públicos com privilégios privados e os rios de dinheiro desviado pelas redes de corrupção que dominaram a UnB contrastam com as precárias condições de trabalho e com o processo de terceirização e super-exploração a que estão submetidos a imensa maioria dos servidores de nossa universidade.
2. Sem condições dignas de trabalho e sem salários que valorizem os trabalhadores, não é possível construir uma universidade. Os servidores técnico-administrativos das universidades são a categoria do serviço público federal que recebe os mais baixos salários. Na reitoria, nos posicionaremos firmemente contra o arrocho salarial imposto pelo governo e pela implementação imediata da política de capacitação e de todas as etapas previstas na carreira dos servidores técnico-administrativos. Adotaremos eleições diretas para chefe e creche gratuita para os filhos de servidores, estudantes e professores da UnB. Trabalharemos pela plena recuperação do HUB com a participação democrática de toda a sua comunidade e pela rejeição do PLP 092/07 do governo, que transforma os HUs e pode comportar a transformação da universidade e do serviço público em fundações de direito privado.
3. A terceirização imposta pelos governos e conduzida pelas fundações privadas e administrações da UnB favorece as empresas em detrimento dos trabalhadores, rebaixa os salários, retira direitos e abre as portas da universidade para o nepotismo e a corrupção. Por isso, somos contra a terceirização e nos comprometemos a estender os direitos trabalhistas aos servidores terceirizados, com pagamento de horas-extras, férias, 13º, jornada de trabalho máxima de 40 horas semanais, condições dignas de trabalho, revisão das injustiças e irregularidades cometidas, fim do assédio moral e equiparação salarial dos terceirizados com os servidores do quadro permanente.
4. Contrariamente às últimas administrações, não usaremos de forma desigual e discricionária os recursos públicos, os concursos do CESPE e outras formas de complementação salarial moedas de troca e mecanismos de poder para a formação de base de apoio às administrações da universidade. Ainda que tenhamos claro que a complementação salarial é um expediente precário que deve ser substituído por salários dignos, reconhecemos o direito dos trabalhadores de prestar serviços à universidade e à sociedade para completar sua renda. Para que esta situação seja regulamentada, em nossa gestão democrática este direito será reconhecido, democraticamente regulamentado e universalmente estendido a todos os servidores da UnB.
5. Somos estudantes, servidores e docentes que sempre estiveram na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e do projeto de universidade pública, gratuita, autônoma, democrática e socialmente referenciada que propomos colocar em prática na UnB. Somos a única chapa composta por pessoas que não participaram dos governos, das fundações privadas e das administrações privatistas da UnB. Votar na chapa 74 é o primeiro passo para o Congresso Estatuinte Paritário que abrirá os caminhos para proporcionar à comunidade da UnB as condições de seu auto-governo democrático e paritário.
Chapa 74 – Jorge Antunes - Reitor
Maria Lúcia Baiana - Vice
A UnB que nós queremos!
Maria Lúcia Baiana - Vice
A UnB que nós queremos!
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