sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O que fazer com o lixo da UnB? Algumas propostas da Chapa 74!


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O problema do lixo na UnB
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O problema do lixo é algo que atinge não somente a UnB como todo o planeta. Para isso, a chapa 74 – a UnB que nós queremos! - pensa em soluções que integrem toda a universidade e vá além das cartilhas educativas atuais que, apesar de importantes, estão aquém do conjuntura de uma universidade.
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Lixo hospitalar ou provenientes de pesquisas bioquímicas – de acordo com a Resolução RDC n 33/03 e 306/04 da ANVISA, esse tipo de lixo deve ser tratado com o maior zelo possível para que não contamine o lençol freático ou diretamente a população, como o caso do césio 137 em Goiânia ou da mulher que comeu uma mama amputada em Olinda (1994) por não ter o que comer. Na FAL, há de se aproveitar o esterco como adubo (o que já é realizado em grande parte) e tomar cuidado com a contaminação do lençol freático com o uso dos fertilizantes. O lixo biológico deve ser avaliado se precisa ou não de tratamento para ser aterrado. Já o resíduos tóxicos perigosos (lixos químicos classe 1) necessitam de aterro especial. Portanto, a universidade tem que fornecer capacitação para quem trabalha com esses materiais, mas acima de tudo condições para que eles possam armazenar o lixo em local apropriado e que não ofereça risco à saúde das pessoas. Pensando além da UnB, o problema ambiental esbarra na ausência de aterros sanitários estruturados e com profissionais qualificados para lidar com esse tipo de demanda.
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Restos alimentares do RU – podem ser utilizados em um biodigestor para a produção de energia elétrica, que é outro problema da UnB. As próprias caldeiras do RU poderiam ser aquecidas com a energia gerada pela biomassa. isso evitaria grande parte dos sacos de lixo orgânico nos contâineres do restaurante, que ajudam na proliferação de agentes nocivos à saúde como ratos, baratas e bactérias.
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Fortalecimento do Núcleo de Agenda Ambiental da UnB – o núcleo já coordena diversas atividades ligadas à sustentabilidade, como o minhocário para aproveitamento do lixo orgânico. Além disso, conta com a participação de diversos setores como estudantes, técnico-administrativos, docentes e cooperativas, como a de catadores de papel da Esplanada dos Ministérios e de lixo (vidro, alumínio e papel) da Estrutural. Vidro, papel e alumínio podem ser utilizados pelos estudantes da disciplina Escultura II do curso de Artes Visuais, que expõem seus trabalhos ao final de cada semestre no gramado ao lado do Centro de Convivência Negra. É esse núcleo, que trabalha junto com o DEX, o mais capacitado para lidar com campanhas educativas sobre o lixo dentro da universidade e conscientizar o público dos perigos de se jogar lixo no chão.
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Rotinização de serviços de manutenção – automóveis de apoio (caminhonetes ou vans) com técnicos especializados (bombeiros hidráulicos e elétricos) para consertos de vazamento de torneiras, vasos sanitários ou gás dos laboratórios. Isso evitará que o problema passe pelo UnBDOC via memorando, que demora a resolver o problema.
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Enfim, campanhas educativas – essas campanhas só podem alcançar seu objetivo se a universidade estiver imbuída no espírito da sustentabilidade. Adesivos do tipo "ao sair, apague a luz", "antes de imprimir, pense nas árvores" ou "traga sua caneca de casa e evite os copos descartáveis: a natureza agradece!". Dessa forma, as campanhas vão agir nos casos mais pontuais, pois a comunidade acadêmica vai estar consciente de seu "papel ambiental".

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